domingo, 23 de agosto de 2015

INDOLÊNCIA



Nem sempre o silêncio é sábio

Nem sempre é polido calar
Nem sempre a inércia dos lábios
Tem algo a representar

Às vezes, um momento mudo

Não passa de falta de zelo...
Há até quem se esquive de tudo
Por trás de um escudo de gelo

A ausência de som pode vir

Na hora em que urge a resposta
E o covarde insiste em fugir
Sem nenhuma contraproposta

O silêncio hoje é arma dos secos

E abrigo dos intolerantes
É palco vazio nos becos
É o fim do calor dos amantes.

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